Os Segredos Psicológicos da Mídia Que Ninguém Te Contou Por Que Você Precisa Saber

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Image Prompt 1: The Relentless Digital Dance**

A vida moderna é impensável sem a mídia. Mas o que essa presença constante e onipresente faz, de fato, com a nossa mente? A avalanche de informações, as redes sociais que parecem nos conhecer melhor que nós mesmos…

Eu, muitas vezes, me pego navegando sem rumo, sentindo uma mistura estranha de conexão e, ao mesmo tempo, um esgotamento profundo. É quase como se a tela à nossa frente refletisse não apenas o mundo, mas também as nossas próprias ansiedades e desejos mais profundos, numa dinâmica que só agora começamos a realmente entender.

A discussão sobre a verdade versus a desinformação nunca foi tão crucial, e o impacto psicológico da constante vigilância ou da busca incessante por validação digital é um campo minado que estamos apenas começando a explorar.

A linha entre a nossa identidade online e offline está cada vez mais tênue, sabe? E com a ascensão da inteligência artificial personalizando tudo o que vemos, desde anúncios até as notícias que consumimos, o controle sobre nossas percepções e até sobre nosso humor se torna um desafio ainda maior para a saúde mental coletiva.

Entender essa simbiose complexa entre mídia e psicologia não é apenas para especialistas; é vital para cada um de nós navegar neste novo mundo digital com mais consciência, resiliência e, acima de tudo, equilíbrio.

Vamos descobrir exatamente o que acontece.

A Dança Incansável da Nossa Atenção no Ecrã

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A verdade é que, hoje em dia, parece que estamos numa dança incessante com os nossos dispositivos, e quem realmente conduz essa dança é muitas vezes o algoritmo.

Lembro-me perfeitamente de uma tarde em que eu me propus a fazer uma pesquisa rápida para um projeto, e quando me dei conta, já tinha passado uma hora a saltar de vídeo em vídeo, de notícia em notícia, completamente alheia ao tempo.

Sinto que a nossa capacidade de foco está a ser posta à prova como nunca antes, e o pior é que muitas vezes nem percebemos o quão exaustos ficamos mentalmente com essa sobrecarga.

É quase como se o cérebro estivesse em constante modo de alerta, a processar uma avalanche de informações que nem sempre são relevantes ou sequer desejadas.

A sensação de ter a mente sempre “ligada” é exaustiva, e eu, sinceramente, comecei a notar um impacto real na minha qualidade de sono e na minha capacidade de me concentrar em tarefas mais complexas, aquelas que realmente exigem um mergulho profundo.

Não é apenas uma questão de distração; é uma reconfiguração da forma como o nosso cérebro opera, e isso, meus amigos, é algo para se levar a sério.

1. O Zumbido Constante das Notificações e a Fragmentação do Foco

Aqueles pequenos pop-ups, os sons, as vibrações… Eles são os mestres de cerimónia da nossa atenção, puxando-nos para fora de qualquer tarefa com uma urgência que muitas vezes é falsa.

Eu, pessoalmente, já senti a ansiedade a subir quando estou a tentar escrever ou ler um livro, e o telemóvel ao lado parece vibrar com a promessa de algo “mais interessante”.

É como se estivéssemos sempre à espera da próxima dose de dopamina, e essa expectativa constante fragmenta a nossa capacidade de manter um pensamento linear.

Acontece que o nosso cérebro não foi desenhado para este bombardeamento contínuo de estímulos. Antigamente, uma interrupção significava algo importante, um perigo iminente ou uma oportunidade crucial.

Hoje, é apenas mais uma notificação de uma curtida ou um email de publicidade. E essa desvalorização da interrupção leva-nos a um estado de alerta crónico que, para mim, tem sido um dos maiores desafios em manter a serenidade no dia a dia.

2. A Paradoja da Escolha e a Fadiga Decisória Digital

Com tanto conteúdo disponível, de notícias a entretenimento, de cursos a opiniões, a liberdade de escolha que a internet nos prometeu transformou-se numa fonte inesperada de stress.

Eu, muitas vezes, passo mais tempo a decidir o que ver na plataforma de streaming ou qual notícia ler do que a desfrutar do conteúdo em si. Essa “fadiga da escolha” é real.

Cada clique, cada deslize, cada decisão de abrir ou ignorar uma app consome a nossa energia mental. E no final do dia, quando finalmente temos um momento para nós, sinto que a minha mente está tão esgotada de fazer escolhas digitais que a última coisa que quero é fazer mais alguma decisão na vida real.

É uma armadilha subtil, mas poderosa, que nos drena de uma forma que poucas vezes associamos ao simples ato de “navegar” ou “consumir informação”.

O Espelho Deformado das Redes Sociais e a Busca por Validação

As redes sociais prometiam-nos ligar, encurtar distâncias, mas na minha experiência, muitas vezes elas parecem criar mais barreiras invisíveis do que pontes reais.

Lembro-me de quando comecei a usar o Instagram e me sentia inspirada pelas viagens e pelos pratos maravilhosos que via. Mas com o tempo, essa inspiração transformou-se numa espécie de pressão subtil para apresentar uma versão “perfeita” da minha vida.

Eu percebi que estava a gastar horas a editar fotos, a pensar na legenda ideal, tudo para conseguir aquela validação em forma de curtidas e comentários.

É um ciclo vicioso, não é? A busca incessante por essa validação externa, por essa aceitação digital, pode ser incrivelmente desgastante e levar-nos a questionar o nosso próprio valor quando a “performance” não atinge as expectativas.

É como se estivéssemos num palco constante, e a audiência somos todos nós, a julgar e a ser julgados. A beleza das imperfeições, das falhas e da espontaneidade da vida real, essa sim, parece estar a ser engolida por esse ideal irreal.

1. A Vida Curada versus a Realidade: O Perigo da Comparação

Quantas vezes não nos pegamos a deslizar pelo feed e a sentir um aperto no estômago ao ver as férias perfeitas de alguém, o corpo escultural do vizinho ou a carreira meteórica de um antigo colega?

Eu já me senti assim, e é um sentimento horrível, porque sabemos no fundo que estamos a comparar os nossos bastidores com o palco iluminado de outra pessoa.

Ninguém posta as suas lutas diárias, os seus fracassos, as suas inseguranças. O que vemos é uma versão idealizada, um recorte cuidadosamente selecionado para o consumo público.

E essa constante comparação com um ideal inatingível, que nem sequer é real, tem um impacto brutal na nossa autoestima e na nossa saúde mental. Eu aprendi, à custa de muitas noites de pensamentos acelerados, que a melhor forma de combater isso é lembrar que a vida real, a nossa vida real, é muito mais rica e complexa do que qualquer publicação de três fotos pode mostrar.

2. O FOMO (Fear Of Missing Out) e a Sensação de Isolamento Coletivo

O “medo de ficar de fora”, ou FOMO, tornou-se uma das grandes angústias da era digital. Eu já cancelei planos para ficar em casa, ansiosa, a ver as histórias dos meus amigos numa festa, a sentir que estava a perder algo incrível.

E paradoxalmente, quanto mais tempo passamos a espreitar a vida dos outros online, mais isolados nos sentimos na nossa própria bolha. É uma ironia cruel: as plataformas que nos prometem conexão, muitas vezes nos deixam com uma sensação de solidão ampliada.

O bombardeamento constante de eventos, encontros e experiências alheias pode gerar uma sensação de inadequação e de exclusão, mesmo quando estamos rodeados de pessoas ou a interagir digitalmente.

Acredito que o verdadeiro desafio é aprender a valorizar o que temos no nosso presente, em vez de nos perdermos na ilusão do que outros estão a viver.

A Ascensão da IA e a Personalização Subtil das Nossas Percepções

O que era ficção científica está a tornar-se a nossa realidade diária de uma forma que mal percebemos. A inteligência artificial já não é apenas o motor de busca ou o assistente de voz; ela está a moldar o que vemos, lemos e até como pensamos.

Eu comecei a notar isto quando percebi que as notícias que me eram sugeridas eram sempre sobre temas que eu já concordava, ou os produtos que me eram mostrados eram exatamente aqueles que eu tinha pesquisado momentos antes.

É uma conveniência incrível, claro, mas há um lado sombrio: estamos a ser colocados em “bolhas de filtro” cada vez mais apertadas. A IA, ao personalizar tudo com base nos nossos dados, está a criar uma versão da realidade que é única para cada um de nós.

E isso, embora pareça inofensivo, tem o potencial de limitar a nossa exposição a diferentes perspetivas, tornando-nos menos aptos a lidar com a diversidade de opiniões e a complexidade do mundo real.

1. As Bolhas de Filtro e a Polarização do Pensamento

Imaginem só: eu, você, e milhões de pessoas a viver em universos de informação ligeiramente diferentes. Se eu só vejo notícias que confirmam as minhas crenças políticas, e você só vê as suas, como vamos dialogar?

Como vamos chegar a um consenso ou mesmo a um entendimento mútuo? Eu, por exemplo, já me surpreendi ao discutir um tema com alguém e perceber que a base de informação de ambos era completamente diferente, levada pelas sugestões personalizadas dos seus feeds.

É um fenómeno assustador, porque nos isola e polariza, dificultando a empatia e o pensamento crítico. A IA, ao nos dar o que “achamos que queremos”, pode estar a roubar-nos a oportunidade de sermos desafiados, de crescermos com diferentes pontos de vista e de compreendermos a nuances do mundo.

2. Algoritmos, Emoções e a Manipulação Sutil

Não é segredo que os algoritmos são desenhados para nos manter viciados. Eles aprendem o que nos provoca uma reação – seja raiva, alegria, indignação ou curiosidade – e nos entregam mais disso.

Lembro-me de uma fase em que eu estava um pouco mais vulnerável, e percebia que o meu feed estava a ser inundado com conteúdos que amplificavam a minha ansiedade.

Não era consciente, mas estava a acontecer. É como se a IA estivesse a aprender as nossas fraquezas emocionais e a usá-las para nos prender ainda mais à tela.

Isso levanta questões éticas profundas sobre o controlo que estas tecnologias têm sobre o nosso humor, as nossas decisões e até mesmo o nosso voto. É uma forma de manipulação tão subtil que a maioria das pessoas nem a reconhece, mas os seus efeitos na saúde mental coletiva são inegáveis.

Hábito Digital Impacto Psicológico Comum Sugestão para Equilíbrio
Rolagem Infinita (Scrolling) Fadiga mental, diminuição da atenção, ansiedade. Definir limites de tempo diários, usar apps para monitorização.
Notificações Constantes Interrupção do foco, stress, necessidade de validação. Desativar notificações desnecessárias, silenciar grupos.
Consumo Passivo de Conteúdo Sentimento de comparação, FOMO, procrastinação. Engajar-se ativamente, criar ou interagir de forma significativa.
Exposição a Fake News/Polarização Distúrbios de humor, desconfiança, pensamento enviesado. Verificar fontes, buscar múltiplas perspetivas, ler menos notícias sensacionalistas.

Desvendando a Teia da Desinformação e a Luta Pela Verdade

Vivemos numa era onde a verdade se tornou um conceito elástico, maleável, e isso é algo que me tira o sono. A velocidade com que a desinformação se propaga é assustadora, e o pior é que ela não respeita fronteiras, nem a lógica mais básica.

Eu já me vi a questionar se aquilo que estava a ler era realmente verdade, mesmo em fontes que antes considerava fiáveis. A proliferação de notícias falsas, teorias da conspiração e narrativas distorcidas tem um impacto profundo na nossa confiança nas instituições, na ciência e até uns nos outros.

É como se estivéssemos num campo de batalha de ideias, e a nossa mente é o território em disputa. A capacidade de discernir o que é real do que é fabricado tornou-se uma habilidade de sobrevivência essencial, uma arma na nossa própria defesa psicológica contra um mundo que parece cada vez mais caótico.

1. O Pensamento Crítico como Antídoto Essencial

Face a esta avalanche de informações, a nossa única defesa robusta é o pensamento crítico. Eu aprendi, à força, a não aceitar nada à primeira vista, a questionar a fonte, a procurar evidências, a verificar se a notícia não é sensacionalista demais ou se não está a apelar demasiado às minhas emoções.

É um exercício diário, cansativo por vezes, mas absolutamente vital. Antes de partilhar algo, pergunto-me: “Será que isto é verdade? De onde veio?

Qual é a intenção por trás disto?” É uma responsabilidade que todos nós temos, não só para nos protegermos, mas para não contribuirmos para a disseminação de mentiras.

A verdade é que a desinformação é um veneno que corrói a confiança e divide as sociedades, e cabe a cada um de nós ser um filtro, um guardião da integridade da informação.

2. A Ressonância Emocional da Mentira e a Psicologia da Crença

O que me fascina (e aterra) na desinformação é como ela explora as nossas emoções mais primárias: o medo, a raiva, a indignação, mas também a esperança e o desejo de pertencer.

Uma história falsa, se apelar a uma emoção forte, tem uma probabilidade muito maior de ser acreditada e partilhada, independentemente dos factos. Já vi amigos caírem em armadilhas óbvias porque a narrativa confirmava os seus preconceitos ou as suas esperanças.

É um lembrete cruel de que somos seres emocionais, e que a lógica muitas vezes vem em segundo lugar. A desinformação não é sobre factos; é sobre sentimentos.

E entender essa psicologia por trás da crença, por trás do porquê de certas mentiras pegarem tão facilmente, é o primeiro passo para nos protegermos e para educarmos aqueles à nossa volta.

Traçando o Caminho para o Bem-Estar Digital: Uma Abordagem Consciente

Depois de tudo o que conversamos, parece claro que não podemos simplesmente desligarmo-nos da mídia e do digital. A nossa vida moderna está entrelaçada com eles.

Mas isso não significa que sejamos meros passageiros à mercê dos algoritmos e das tendências. Pelo contrário, eu percebo que temos mais poder do que imaginamos para moldar a nossa relação com o digital de uma forma mais saudável e consciente.

Não é sobre eliminação, mas sobre redefinição. É sobre encontrar um equilíbrio que nos permita colher os benefícios da conexão e da informação sem sermos esgotados, ou pior, manipulados, pela sua constante presença.

O bem-estar digital não é uma moda; é uma necessidade urgente para a nossa saúde mental e a nossa capacidade de viver vidas plenas e significativas no século XXI.

1. Desconexão Estratégica: O Poder do “Off-line” Intencional

Para mim, um dos maiores atos de autocuidado nos dias de hoje é saber quando e como desligar. Não me refiro a um “detox digital” radical de semanas, que muitas vezes é insustentável.

Falo de pequenas e consistentes pausas. Eu comecei por deixar o telemóvel fora do quarto à noite, e a minha qualidade de sono melhorou drasticamente. Também estabeleci horários para verificar emails e redes sociais, evitando fazê-lo logo de manhã ou antes de dormir.

O objetivo não é evitar a tecnologia, mas sim usá-la com intenção, e não por hábito ou compulsão. Sinto que quando me dou permissão para estar verdadeiramente presente num momento, sem a distração constante da tela, a vida ganha uma profundidade e um sabor que o digital, por mais que tente, nunca conseguirá replicar.

2. Curadoria Ativa: Transformando o Feed Numa Ferramenta, Não Num Vício

Em vez de sermos meros recetores do que os algoritmos nos empurram, podemos ser curadores ativos do nosso próprio feed. Eu, por exemplo, dediquei um tempo a “desseguir” contas que me faziam sentir mal, que publicavam conteúdo tóxico ou que simplesmente não acrescentavam valor à minha vida.

E comecei a seguir pessoas, organizações e publicações que me inspiravam, me educavam e me faziam sentir bem. É um trabalho contínuo, mas incrivelmente recompensador.

A ideia é transformar as redes sociais de um poço de comparações e notícias alarmantes numa fonte de inspiração, conhecimento e conexão genuína. Se o nosso feed é um reflexo da nossa mente, então que seja um reflexo de algo que nos enriquece, e não que nos drena.

Resgatando a Autenticidade numa Era de Filtros e Curadoria

A pressão para apresentar uma vida impecável nas redes sociais pode ser sufocante. Lembro-me de uma fase em que me sentia constantemente a atuar, a mostrar apenas a versão mais polida de mim mesma, e isso, eu percebia, estava a corroer a minha verdadeira identidade.

É como se estivéssemos a perder a capacidade de ser genuínos, de aceitar as nossas imperfeições, porque tudo tem que ser “perfeito” para a câmara. Mas a verdade é que a vida real é desarrumada, é cheia de altos e baixos, e é nessas imperfeições que reside a nossa beleza única e a nossa humanidade.

Resgatar a nossa autenticidade numa era de filtros e curadoria é um ato de rebelião, um ato de amor-próprio que é mais necessário do que nunca. É sobre dizer: “Esta sou eu, com todas as minhas nuances, e não preciso de validação externa para ser suficiente.”

1. A Celebração da Imperfeição e a Desconstrução do Ideal Digital

Uma das coisas mais libertadoras que fiz foi começar a partilhar momentos menos “perfeitos”. Uma foto sem maquilhagem, um desabafo sobre um dia difícil, ou a bagunça da minha mesa de trabalho.

E o que descobri foi que essas publicações, longe de afastarem as pessoas, geravam uma conexão muito mais profunda e real. As pessoas identificam-se com a vulnerabilidade, com a humanidade.

O “ideal digital” é uma prisão, e desconstruí-lo começa connosco a ser corajosos o suficiente para mostrar as nossas falhas, as nossas lutas, as nossas imperfeições.

É um processo de aprendizagem contínuo, mas sinto que, ao aceitar e celebrar a minha própria imperfeição, estou a enviar uma mensagem importante para quem me segue: “Está tudo bem não ser perfeito.”

2. Conexões Offline: A Recarga Essencial da Alma

Por mais que o digital nos conecte, nunca substituirá o calor de um abraço, o riso partilhado numa mesa de café, ou o simples prazer de uma caminhada com alguém que nos é querido.

Eu percebo que as minhas baterias sociais são verdadeiramente recarregadas quando estou com pessoas na vida real, sem a distração dos telemóveis, a ter conversas genuínas e profundas.

É nesses momentos que a minha alma se sente nutrida e a minha mente se acalma. Fazer um esforço consciente para priorizar esses encontros offline, para desligar as telas e simplesmente estar presente com aqueles que amamos, é uma das melhores estratégias para combater o esgotamento digital e cultivar uma vida mais rica e satisfatória.

É o antídoto para a solidão que, ironicamente, por vezes acompanha a hiperconectividade.

No Final das Contas…

Depois desta imersão profunda nos labirintos da nossa vida digital, uma coisa fica clara para mim: não podemos ignorar o impacto que o ecrã tem nas nossas vidas. Desde a nossa atenção fragmentada pela dança dos algoritmos até à busca incessante por validação nas redes sociais e à teia subtil da desinformação, estamos a navegar por um território complexo. Mas, como vimos, a solução não passa por uma desconexão radical, mas sim por uma abordagem mais consciente e intencional. É tempo de redefinir a nossa relação com a tecnologia, de a tornar uma ferramenta ao nosso serviço e não uma distração constante que nos drena. A minha esperança é que, ao leres este texto, te sintas mais capacitado para cultivar um bem-estar digital que te permita viver uma vida mais plena, autêntica e verdadeiramente conectada, tanto online quanto, e sobretudo, offline. A mudança começa em cada um de nós, um clique consciente de cada vez.

Informação Que Vale a Pena Guardar

1. Controlo do Tempo de Ecrã: Utilize as funcionalidades nativas do seu smartphone (como “Bem-Estar Digital” no Android ou “Tempo de Ecrã” no iOS) para monitorizar e definir limites de uso para as suas aplicações preferidas. Esta é uma ferramenta poderosa que muitas vezes esquecemos.

2. Limpeza Digital Regular: Faça um “detox” do seu feed. Deixe de seguir contas que não lhe trazem alegria ou informação útil. Cancele subscrições de newsletters que nunca lê. Um ambiente digital mais limpo significa uma mente mais clara.

3. Priorize Momentos Offline: Agende ativamente encontros com amigos e família, passeios na natureza ou atividades que não envolvam ecrãs. Desligue as notificações e esteja verdadeiramente presente. Estes são os momentos que realmente recarregam a alma.

4. Verifique Sempre as Fontes: Antes de partilhar qualquer notícia ou informação, questione-se sobre a sua veracidade. Procure por fontes credíveis, consulte fact-checkers reconhecidos e, se a informação parecer demasiado sensacionalista, desconfie.

5. Defina Zonas e Horários Sem Ecrã: Crie “zonas sem telemóvel” em casa (como o quarto ou a mesa de jantar) e “horários sem ecrã” (por exemplo, a primeira hora da manhã ou a última antes de dormir). Estas pequenas mudanças podem ter um impacto gigante na sua serenidade.

Pontos Chave Para Reflexão

Vivemos uma era de atenção fragmentada, impulsionada por algoritmos e notificações, levando à fadiga decisória digital e ao FOMO. As redes sociais, com as suas vidas “curadas”, alimentam a comparação e a busca incessante por validação, minando a autoestima. A inteligência artificial molda subtilmente as nossas percepções através de bolhas de filtro, contribuindo para a polarização e para a manipulação emocional. A desinformação, que apela mais à emoção do que à lógica, exige um pensamento crítico constante como antídoto. Contudo, o bem-estar digital é alcançável através de desconexão estratégica, curadoria ativa dos feeds e, crucialmente, priorizando as conexões e a autenticidade na vida real. Aceitar a imperfeição e nutrir relações offline são essenciais para resgatar a nossa verdadeira identidade e paz mental nesta era hiperconectada.

Perguntas Frequentes (FAQ) 📖

P: A vida digital nos conecta de formas que nunca imaginamos, mas você mencionou uma “mistura estranha de conexão e, ao mesmo tempo, um esgotamento profundo”. O que exatamente causa essa sensação paradoxal e como ela se manifesta no nosso dia a dia?

R: Ah, essa é a pergunta que muita gente se faz, e eu me incluo nessa. Sabe aquela sensação de estar super conectado, vendo a vida de todo mundo – amigos, influenciadores, até gente que você nem conhece – mas ao mesmo tempo se sentindo sozinho, esgotado ou até meio vazio?
É exatamente isso. Na minha própria experiência, percebo que essa avalanche de informações e a comparação constante são as grandes vilãs. Você passa horas rolando o feed, vendo viagens incríveis, corpos “perfeitos” ou conquistas profissionais alheias, e por um lado pensa “que legal!”, mas por outro, no fundo, bate uma ansiedade meio boba, uma sensação de que a sua vida não é “tão interessante” ou “tão produtiva”.
É um paradoxo doloroso: a mídia nos promete proximidade, mas muitas vezes nos deixa mais distantes de nós mesmos e da nossa realidade. A gente se conecta globalmente, mas muitas vezes se desconecta do próprio eu e do presente, gastando energia que poderia ser usada para outras coisas.
É quase como se o mundo estivesse gritando na sua orelha o tempo todo.

P: Com a linha entre a identidade online e offline cada vez mais tênue, e a ascensão da inteligência artificial personalizando tudo o que vemos, como podemos manter o controle sobre nossas percepções e nossa saúde mental?

R: Essa é a pergunta de um milhão de euros, né? Com a quantidade de coisa que pipoca na nossa tela a todo instante, e agora com a inteligência artificial “sabendo” o que a gente quer ver e nos prendendo em bolhas, é fácil cair na desinformação ou ter nossa percepção distorcida.
Eu já me peguei acreditando em algo que depois descobri ser completamente falso, só porque apareceu várias vezes no meu feed e parecia “verdade”. O segredo, eu acho, é ser um detetive da informação.
Não aceitar tudo de primeira. Buscar diferentes fontes, duvidar um pouco, e verificar os fatos. E, mais importante, entender que o algoritmo está lá para nos manter engajados e não necessariamente bem informados ou mentalmente saudáveis.
Manter o controle sobre nossa saúde mental passa por uma autoconsciência gigante: saber quando parar, quando se desconectar e quando a tela está mais prejudicando do que ajudando.
É uma luta diária, um exercício de paciência e autoconsciência para não deixar que a tela decida por nós o que é real ou não, ou o que devemos sentir.

P: Diante de todos esses desafios e da simbiose complexa entre mídia e psicologia, quais são os passos práticos que cada um de nós pode dar para navegar neste novo mundo digital com mais consciência, resiliência e equilíbrio?

R: Olha, não tem uma fórmula mágica, mas a primeira coisa é reconhecer que isso afeta a gente de verdade. Tipo, eu comecei a me dar conta que depois de certas horas da noite, ficar no celular me deixava com a cabeça a mil, sem conseguir dormir direito.
Então, uma das coisas que faço é tentar um “detox” digital pequeno, sabe? Uma hora antes de dormir, nada de tela. Ou, durante o almoço, guardo o celular e converso com quem está perto.
É sobre estabelecer limites, mesmo que pareça difícil no começo. Outra coisa fundamental é a “dieta de informação”: selecionar bem o que você consome, seguir fontes confiáveis e evitar perfis que te deixam para baixo ou com raiva.
E, por último, mas talvez o mais importante: conectar-se com a vida real. Encontrar amigos para um café, dar uma caminhada no parque, ler um livro de papel, fazer um esporte.
A gente precisa lembrar que a vida acontece fora da tela e que as interações humanas genuínas são insubstituíveis. É um processo contínuo de achar esse equilíbrio; de vez em quando, eu ainda escorrego, mas a consciência do problema já é um grande passo para a resiliência.